Flashback
Sentada no declínio da saudade
Eu a observava no enlevo do seio teu
Na vaga lembrança eu penetrava
No desejo que um dia fora meu
Salteava o arder das minhas mãos
Que dela me olhava e sorria
Na leveza, na febre do meu coração
De amor por ela eu morria
E quando me fixava a janela
Da cortina que outrora o vendo levou
Via a flor do jardim da minha vida
Que seu néctar em mim deixou
Num ensaio de movimentos se foi
Naquele momento em que ela eu via
No trajeto do seu corpo eu viajei
A cada instante que a cena se repetia.
Me inspirei no poema de Castro Alves.