CLANDESTINO

É muito tarde pra ficar, amigo,
falas em mudar, arrependido.
Para clandestinos em meu mundo,
Não há passaporte, nem abrigo.

Passou seu tempo de estágio,
antes tivesse ficado em seu país.
Agora regresses as suas origens,
sem perturbar aquela que era feliz.

Rompem-se os laços entre nós,
a imigração tardia o irá resgatar.
Levarás consigo apenas a imagem,
da mulher que ousou te desbravar.

Vai te embora marinheiro, pirata.
Levando suas fantasiosas iguarias.
Meus olhos não mais brilharão,
através do espelho de tua escotilha.

Um punhado de solo insípido e árido,
dessas terras também hás de levar.
E lembrarás de mim apenas vagamente,
Quando o currículo a outra mostrar.

Eu vegetarei "feliz" além-mar...
Pois de tudo o "pouco" que vivemos,
nada mais há ... Exceto meu olhar,
secretamente a te procurar...

Railda
Enviado por Railda em 04/10/2010
Reeditado em 12/11/2013
Código do texto: T2536918
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