A minha tortura
Às vezes me pede, me implora
Condena-me pelo esquecimento
Usurpa de mim a minha própria alma
Que sedenta de ti, se põe a vagar
Meu delírio aumenta a cada dia
Ouço a tua voz em meio à calmaria
E a vida suspende-se por instantes
Buscando tua imagem em tempos distantes
Maldita ilusão que se apodera de mim!
Se teu corpo sedento de amor não me procura
Sua boca perfeita não pertence a mim
São deleites de outrora, a minha tortura
A sensatez há muito me abandonou
Enquanto me perco nos teus olhos
E finjo não mais te amar
Meu coração se desespera, querendo te encontrar