Poesia do Amor

Que tipo de câncer vai me comer?

Como vou apodrecer, ainda vivo?

Minha morte será trágica ou será cômica?

Ou não terei direito à morte?

Como vou delirar ou sorrir, com a ferida me engolindo?

Quando terei o prazer de ser esganado pela vida e pela morte?

Breve terei o êxtase da paralisia físico-corporal, preso a uma cadeira de rodas...

Amém pra esse Deus que perverte e é pervertido, que nos prova que não somos nada!

Bah! Vida podre!

Jequié, 03 de julho de 1992, Jequié, meu quarto

La poesía del amor

¿Qué tipo de cáncer me comerá?

¿Cómo me pudriré, aún vivo?

¿Será trágica mi muerte o será cómica?

¿O no tendré derecho a la muerte?

¿Cómo voy a delirar o sonreír, con la herida tragándome?

¿Cuándo tendré el placer de ser estrangulado por la vida y la muerte?

Pronto tendré el éxtasis de la parálisis físico-corporal, confinado a una silla de ruedas...

¡Amén a este Dios que pervierte y es pervertido, que nos prueba que nada somos!

¡Bah! ¡Vida podrida!

Jequié, 3 de julio de 1992, Jequié, mi cuarto

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 03/10/2010
Reeditado em 18/01/2022
Código do texto: T2535662
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