Eterno
Em meus sonhos a abracei
como um anjo, como uma amante
e em meus sonhos seus lábios beijei
minha tentação, musa cintilante.
Ela brindou-me com vida
entreguei-lhe a morte
minha doce protegida.
Que na tortuosa estrada caminhemos
dois órfãos que, então, unir-se-ão.
Ouvirás, minha musa, meus hinos?
Meus contos de ninfas e antigas verdades?
Meus lamentos despedaçados num momento?
Ou tão longe estás que me brindas com saudades?
Elevastes a ti mesma assim tão acima
onde canção alguma de tocar-te haverá?
Vês que meu coração ruiu como a velha colina?
Tudo foi sepultado pela neve,
mas tu serás minha para sempre...