Algemas do Infinito

Certo dia pediste para dormir em meus sonhos

E te abri as portas do meu "eu",

Devaneaste o que no tempo se perdeu

E me deixaste cabisbaixo e tristonho.

Outro dia te pedi para dormir nos sonhos teus

E em teu coração fui me alojar,

Devaneei um amor perdido em alto mar

E na cachoeira da saudade teu sonho feneceu.

Mais tarde nossos sonhos comungaram a mesma fantasia

E num dilúvio sedutor saciou sua melancolia

Semeando em nós pétalas de alfazema...

Nosso sonho ultrapassou as portas do infinito,

Em tua boca camuflei teu delirante grito

Num beijo alucinante que partiu todas as algemas!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 02/10/2010
Código do texto: T2533569
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