Algemas do Infinito
Certo dia pediste para dormir em meus sonhos
E te abri as portas do meu "eu",
Devaneaste o que no tempo se perdeu
E me deixaste cabisbaixo e tristonho.
Outro dia te pedi para dormir nos sonhos teus
E em teu coração fui me alojar,
Devaneei um amor perdido em alto mar
E na cachoeira da saudade teu sonho feneceu.
Mais tarde nossos sonhos comungaram a mesma fantasia
E num dilúvio sedutor saciou sua melancolia
Semeando em nós pétalas de alfazema...
Nosso sonho ultrapassou as portas do infinito,
Em tua boca camuflei teu delirante grito
Num beijo alucinante que partiu todas as algemas!
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