Muladhara
No papel!...
Um poema em branco,
No vazio de minha mente o pensamento dista:
Das muitas paginas de um romance.
De Garcia Marquez
Palavras? Ora, são artifícios de loucos!
Melhor seria o toque, ás palavras.
Assim me toca a dor, que vos afirmo;
Não a que sinto, vos digo d’outra dor,
E que reconheço maior dor!
Minha dor é mínima, cabe nas palavras,
Entrincheira-se nos versos,
O outro, não tem versos,
Sua métrica foi cortada na garganta;
Sua musica é sem acordes
Sua cadência é torpe
Suas memórias são apócrifas
Sua ternura?!
Perdeu-se nos miasmas, do que fazer o que.
Suas mãos toscas; são para outros artifícios,
Constrói... Um mínimo! Para um livro futuro.
Queira deus que seja um livro feito ferro de marcar,
Que seja indelével e que arranque suspiros de amor.
Assim reconheço no sofrer d’outro, a dor que eu quis;
Minhas tardes são de estações primaveris
Meu sofrer é fugidio pássaro transeunte
Neste chão pisei para a gratidão
De aprender que na dor d’outro, minha maior dor!
No papel!...
Um poema em branco,
No vazio de minha mente o pensamento dista:
Das muitas paginas de um romance.
De Garcia Marquez
Palavras? Ora, são artifícios de loucos!
Melhor seria o toque, ás palavras.
Assim me toca a dor, que vos afirmo;
Não a que sinto, vos digo d’outra dor,
E que reconheço maior dor!
Minha dor é mínima, cabe nas palavras,
Entrincheira-se nos versos,
O outro, não tem versos,
Sua métrica foi cortada na garganta;
Sua musica é sem acordes
Sua cadência é torpe
Suas memórias são apócrifas
Sua ternura?!
Perdeu-se nos miasmas, do que fazer o que.
Suas mãos toscas; são para outros artifícios,
Constrói... Um mínimo! Para um livro futuro.
Queira deus que seja um livro feito ferro de marcar,
Que seja indelével e que arranque suspiros de amor.
Assim reconheço no sofrer d’outro, a dor que eu quis;
Minhas tardes são de estações primaveris
Meu sofrer é fugidio pássaro transeunte
Neste chão pisei para a gratidão
De aprender que na dor d’outro, minha maior dor!