Eu e Tu…

Somos felizmente diferentes

Tremendamente desiguais

Senão lá se ia a nossa Fé

Parte substancial

Dos nossos Ideais…

E perguntas Tu:

Porque te Amo

Apesar das nossas diferenças

Tão grandes

Que se diriam abissais?

E eu respondo:

Amo-te

Porque os meus dias

A pensar em Ti

São sempre diferentes

Apesar da Tua indiferença

Que só se torna presente

Quando te manifesto

A minha ausência…

Estranho Amor Este

Que é mais do que um jogo

De poder afectivo

E assim

Apesar de detestar jogos

Estou com outras

E mostro-te tal

Pois esta

É uma forma

De te querer só Comigo…

Sim…

O corpo de quem não amo

Faz-me pensar

No que poderia de Ti ter

Se calhar

Uma realidade

Que quando a tocasse

Logo a quereria perder…

E numa mistura de sobriedade

Quando estou só

E de embriagues

Quando estou acompanhado

No meio destes estados

Há um ponto de equilíbrio

O tal de te desejar a meu lado…

E eu toco o céu

Todas as noites

Sinto as estrelas

Como tu sentes

Como nós sentimos

Sinto a tua vulgaridade

Que não gosto

Mas estou

Como sabes

Por Ti Apaixonado

E as outras…

As Outras

São Uma Panaceia

Eterna

Da Paixão vulgar

Que tenho por Ti

És um quase Nada

Que não sei porquê

Aprecio

És uma espécie de vício

Que se manifesta

De forma estúpida

Quando desejo

Todas as noites

Estar Contigo…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 01/10/2010
Código do texto: T2532793
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