De joelhos,olhos virginais,missal
nas mãos, expõe sua sensualidade
latente levantado o véu da hipocrisia
alforria sonhos,no badalar do sino.
Devota das naves frias,palpita
em erotismo tão aflita ,como quem
espera o fogo do juizo final, em
severa veste negra.
Entre afrescos de anjos e imagens
nuas pede perdão, em palavras mudas,
dedilhando as contas do rosário que
escorrem entre seus dedos pousando
em seus anseios.
Liberta,escravizada,afunda no denso
escuro em fantasias e delírios,fundindo-se
com a imagem criada,desejada,uma
sombra,uma mancha desbotada......