FARDO PESADO
FARDO PESADO
Sua repentina desligada,
Sem adeus, para não voltar,
Deixou-me um fardo pesado
De “ruins” para eu carregar.
Não pensou duas vezes e se foi.
Esqueceu da minha fragilidade
E das noites que seriam negras.
Nos dias, deixou só a maldade...
Doa a quem doer, dane-se...
Não deu a mínima e foi embora.
Dissimilou sua partida e saiu;
Na manhã, não vi você na aurora.
Veio o desespero, depois o choro.
Tremi! As pernas bambearam.
Senti falta de chão aos meus pés:
Corpo e alma desbarrancaram.
Quando me recuperei do impacto,
Senti os meus braços pesados:
O fardo da vida, de coisas ruins,
Estava amarrotado, muito carregado...
Benjamines