Um poema de amor, seja como for
Que eu pudesse agora ser tão capaz
De romper as fronteiras que são tantas
Desses silêncios e dessas distâncias...
Dos segredos e dos medos, discrepâncias
Da inconstância entre sentir ou não sentir
Ou talvez entre saber e não saber
Um poema de amor assim como antes
Com seu nome escrito bem bonito
Em letras grandes e bem gritantes
Desses assim bem emocionantes
Mas passa da hora de dormir
Eu passo sempre da hora de dormir
Eu nunca sei a hora de dormir
E queria saber a hora de acordar
Bem no meio de um poema de amor
Bem na hora mais certa do amor
Amor, é amor, só amor, num poema
Nada mais importa agora a não ser
Todo o amor que quase jogamos fora
Amor meu, um poema todo seu, amor
Que lhe quebrasse o absurdo silêncio
Ou qualquer coisa assim que o valha
Qualquer coisa assim que atrapalha
Não vê? É amor, que mais pode ser?
Que mais poderia ser senão amor
Que não cabe aqui num poema de amor
Um poema de amor que não sabe mais
O que dizer ou fazer para lhe trazer
Para dentro desse poema do meu amor
Que aqui tento escrever só para você
Não vê? Um poema de amor
Dentre tantos que escrevi
Só para você. Não vê?
Um poema, meu amor
Tão incapaz de dizer
O quanto amo você!


(Poesia On Line, em 01/10/2010)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 01/10/2010
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T2530922
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