PORTO DAS ALMAS
Vens buscar-me em teu barco,
para navegarmos mar a fora?
Ah, com meus conhecimentos parcos,
como eu te entendo agora.
Porque fazias tantas juras de amor,
e depunhas-te assim a meu dispor,
mesmo antes de irmos embora.
Por que em meus braços tremias,
somente hoje que eu entendi.
Pois de grande paixão padecias,
tal qual um desamparado colibri.
Procuravas beijar a cada flor,
na busca do alimento do amor,
que era vital para ti.
Não fiques mais preocupada,
pois vou contigo navegar.
Tomes o leme do teu barco
quem sabe nós poderemos chegar,
por águas tranqüilas e calmas,
a um porto, onde todas as almas,
resolveram habitar.
Marco Orsi
30.09.2010