Acendam a luz do lampião

No sertão ainda há luz do lampião

Que distante parece o cuspe do dragão

Queimando todo o sertão

Magoando a plantação

Chora o boi magro, o milho e o feijão

Nos jogos de azar, então

Plantam a sorte

Cruzando os dedos na produção

Este é o meu nordeste, meio norte...

E uma sub-região

Nas ruas secas, os vagalumes

Fingindo ser postes de néon

Iluminam os pés rachados

Que correm em busca do que é bom

Esse é o meu sertão...