Há sinais de pranto em teu calar
que brilha, como brilham anseios.
E teu disfarce já não cabe festa,
nem fresta desarrumada de luar.

E passas olhando a mim, teu olho
que revela tanto e a todos nega.
Sabes, enquanto caminhas salões
das danças doídas; fêmeas cegas

Bailas, onde cintura se estreita,
inventas outras mãos de abraços
laços arriscados que medo aceita
em lágrimas mortas de cansaços...

E passas olhando a mim, teu olho
que deixa um leve consentimento,
de fazer-me a ti companhia; diria!
Mas cúmplices, desviam-se lentos.











Mirea
Enviado por Mirea em 29/09/2010
Reeditado em 29/09/2010
Código do texto: T2528579