Há sinais de pranto em teu calar
que brilha, como brilham anseios.
E teu disfarce já não cabe festa,
nem fresta desarrumada de luar.
E passas olhando a mim, teu olho
que revela tanto e a todos nega.
Sabes, enquanto caminhas salões
das danças doídas; fêmeas cegas
Bailas, onde cintura se estreita,
inventas outras mãos de abraços
laços arriscados que medo aceita
em lágrimas mortas de cansaços...
E passas olhando a mim, teu olho
que deixa um leve consentimento,
de fazer-me a ti companhia; diria!
Mas cúmplices, desviam-se lentos.