Palavras 0138 - História da saudade

Nada mais vulgar que um não,

uma chuva fina esfriando o dia,

a saudade batendo a porta,

as lembranças daquela que partia.

Preciso contar toda história,

em algumas passagens até sorri,

contos da gente que ama sem medo

e se perde por não saber ouvir.

Minha vida é feita de fantasias,

um trago de saudade, um gole de paixão,

as razões antes do sexo e depois,

um amor feito de carne e tesão.

Tem dias que me perco da alma,

caço um corpo no meio da cama,

mas ela deixou um não pra esperar

e nenhuma promessa exclama.

Dos olhos a chuva que molha o rosto,

um frio cansado de palavras negativas,

minhas vontades são como ruas

de uma cidade repleta e desconhecida.

A chuva é um não que apaga o fogo,

o amor corre louco como assassino,

traz-me de volta e seca-me o corpo,

antes que a saudade me leva o destino.

29/09/2010

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 29/09/2010
Código do texto: T2528238
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