E a Loucura Meu Amor, a Loucura tomou conta de Nós…
E eu já não sei quem és
E tu provavelmente desconheces
Quem eu sou
Pois apesar de sentirmos as estrelas da mesma maneira
Cantamos não a uma só voz
Mas a duas
E desta forma
Nos sentimos efectivamente sós…
E sinto uma saudade
Que me move
Em direcção ao desconhecido
Quando me apetecia
Terrenos vagamente familiares
Estar Contigo…
Ouvindo da janela
Uma música que vem da rua
Triste
Triste demais
Que toma a tua forma
A tua aparência
Dizendo-te então
Palavras que não consigo dizer
Nas quais sublimo
E sublinho
O medo de te perder…
Mas o que afinal posso perder?
Recordando então uma frase feita:
“Eu queria quase tudo
E tu não me deste quase nada
Ficando eu com esse nada”
Sombra
Que me acompanha
Nesta lúgubre
Madrugada
Que poderia ser diferente
Se nela um eco teu
Se pudesse manifestar
Um eco que dissesse
Que ainda existes
E que estás por aqui
Um eco
Só te peço um eco
E terás mais do que isso
Terás uma vida
E tudo o que ela tem para oferecer
Terás isso de mim…