Até agora, não crês no meu amor?...

- “Se te amei?... Se te amei?...” - E tanto!...

- Ainda perguntas com dúvidas inquietas?

Quantas vezes derramei meu pranto

E sofri em silêncio lágrimas mui quietas...

Se meus suspiros a ti não chegaram

Não tenho culpa. Matei minha vida.

E os anos todos que me carregaram

Foram de martírio e dores mui sentidas...

E a gora tens medo de te aproximar?...

Que eu não saiba este amor guardar

Até o momento derradeiro em vida?...

Se assim te amei por estes anos todos,

Eu te deixaria agora, em meio a arroubos,

Como vingança porque muito sofrida?...

Se não crês no meu amor, lamento...

Se não confias, por medo que eu te deixe,

É porque não viste o meu sofrimento

E ninguém contou... Queres que eu me queixe?

Mas isto eu não faço, tu não tens a culpa,

Se eu não vivi, se eu só fingi viver...

- Mas também não creio em tua desculpa

Que agora é tarde para o bem-querer...

Se sangrei meus pés e minhas mãos na vida

Fui eu que escolhi, da forma mais sentida,

Para te poupar de dor muito maior...

Se não valorizas o meu sofrimento

E tu não entendes meu desprendimento

Deixa-me esquecida... Será bem melhor...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 29/09/2010
Código do texto: T2527305
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