AMANDO COMO UMA ANJA
DE RUBROS LÁBIOS...

 
A tarde se cobrira de
flores
enquanto
A primavera saltitava
de um
lado a outro
Esparzindo novas
alegorias
pelo jardim
 
Nenhum pássaro viera
cantar
como curió
Porque a tarde se
despenteara
com a chuva
Que caía como se fossem
dardos
de Diana
 
Mas me sentia inquieto
porque
teus olhos
Escuros como a noite
se me 
escaparam
E apenas uma lua agora
me
olhava indiscreta.
 
Essa lua que me
chamava de
querido apenas quando
queria,
porque em geral se perdia
em
seu próprio brilho,
exibindo-se como se fosse
a guardiã da noite...
 
Enquanto isso não se
sabia  bem de
onde...você surgira.
Trazia vestida em você
alguns
nenúfares em flor.
Só para mostrar teus
rubros
lábios anelantes.
 
Que se abriam...
mostrando
teus alvos dentes
ávidos
no mordiscar as
carnes de
uma jovem maçã
Que metade se ia...na
tua
vontade de comê-la.
 
Claro que eu te via
agora
como se fosse
uma maçã.
Essa origem de teu
pecado
que me luxuriava
E que em mim ardia
como
fogo bem nas
entranhas.
 
E então eu já te achava
uma anja bordejando,
meus anseios e
que de repente surgia
navegando
em minha direção,
mostrando para mim
que o amor
poderia ser mais
uma delícia...
se na minha impaciência
coubesse.
 
E naquele mesmo porvir...
eu desejava teu vir,
porque tudo
em nós queria o sentir
satisfações
Mesmo com uma certa
dúvida no conduzir dos
passos todos.
 
Ah..essa Apassionata,
de Beethoven
conduzindo
meus sentimentos bem
no meio de
tuas palavras,
que para mim são neste
momento
um aspergir  de
bem-aventurança.
 
E se te dissesse que o
amor se faz
num instante,
você sorrindo me
responderia em meu
próprio sorriso...
sim...
um amor pode nascer
numa
tênue linha escrita
onde a paixão se
escondeu.
 
E se transformar...se
recriar...
se proclamar
Como uma dádiva ...
presente
de nosso encontro
Neste já que não
deixamos
escapar sem ardores.
 
Você roda então teu
corpo...e a maçã toda,
juntos a devoramos...
Saciada você...saciado
eu...
anja você agora é
como você sempre quis
ser...
nos meus braços feliz.
 
Hum, querido... morde de
novo a macã, morde.
Se não morder te sujo de
novo...
de rubro batom...rsrs.
 
 
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Autor: Cássio Seagull
Poesia que fiz em 28-09-10 às 18 h em SP
Lua cheia - chuva e frio – 18 graus
Beijos e abraços...boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
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