Uma…(e Tu vens…)

Lágrima caída

Dizes tu

Que não ajuda

E ainda piora a ferida…

De teimarmos

Digo eu

Em não partilhar

Uma Vida

Sendo cada um condenado

Neste eterno

Perpétuo

E insuportável separar…

E Tu vens

De vez em quando

Pensando ser Jesus

Querendo os mortos

Ressuscitar

Os mortos que são os sentimentos

Que em mim

Teimas em semear

Para logo desapareceres

Quando eles começam a florescer

Deixando-me com essa sensação

De que o belo de ti para mim

Nasce

Para logo ter que morrer…

Relegando o Amor

Que para mim é algo de único

Algo de sagrado

Para os afectos secundários

Que tens em relação a mim

Que aparecem ao acaso

Quando algo nos outros

Não é do teu agrado…

E assim vens

Vens como as estações do ano

Mas de uma forma aleatória

Vens

Quando a minha presença

Toca na tua memória…

E te recordas

O que está fechado no teu subconsciente

Recordas que me amas

Embora esse amor seja algo de insuportável

Que só o sentes

Quando já não podes evitar

Esse tipo de sentimentos

Que correm o risco de te afogar…

Então vens

Para verter esse copo de sentires

Para nele não te deixares embriagar

E vens

Porque sabes

Que eu nunca ousarei

Te recusar…

Porque há

Uma magia

Em nós

Que em mais lado nenhum

Em ti

E em mim

Pode ter lugar

E tu vens

Porque sabes

E sentes

Ao contrário de mim

Que a Eternidade

E tudo o resto

Pode

Por nós esperar…

Então Tu Vens…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 28/09/2010
Código do texto: T2526278
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.