Palavras 0137 - Meu tempo

Sou o tempo que não cresce no tamanho do desejo,

nem o brinquedo que revira do avesso as emoções,

quero a paz, que venha nas minhas noites de folga

com o fogo que atiça o meu tesão mais solitário.

Não quero dominar astros e céus, quero vida,

não importa se morrerei depois do jantar,

não quero o prazer manipulado com promessas,

preciso do meu direito a perguntas e respostas.

Não tenho horas solitárias, mas todas são carentes,

sou o vício proibido, a fantasia vezes repudiada,

preciso que bebam da mesma vida que me impuseram,

só então serei o tempo, o tesão, o gozo de amor.

Sou aquele que o deus vai matar lentamente,

um menino-homem que ama o corpo e vive o amor,

o louco que declara controlar o tempo e os minutos,

dos prazeres que dá prazer, sou o amor semeia.

28/09/2010

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 28/09/2010
Código do texto: T2525663
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