Interrogações, sempre as mesmas Interrogações…
Porque é que o Amor para Ti
É uma espécie de Altar
Não exactamente para o celebrarmos
Mas para Tu me sacrificares…?
Nas Tuas palavras
Nos teus gestos
Não o usando
Como objecto de afecto
Mas como mais um instrumento
Da tua vasta Alma…
Porque é que será que temos que comunicar em silêncio
Sabendo Tu
Que tal
Não sei interpretar
Porque sou assim
É essa a minha forma de ser, de Estar…?
Sim
Estou contigo
Amo-te
Tendo que decifrar
Os tempos de ausência que há entre nós
Porque encher esses silêncios
É uma forma de não me sentir só…
Porque será que te amo
Mesmo quando quase nada me dizes
O teu eco em mim
É apenas uma miragem
De um tempo que passou
E que não volta para trás
Porque sei que não ficarás
Que estás meramente de passagem…?
Mas eu acredito
Como acreditarei até ao meu minuto final
Eu acredito
Que um dia me procurarás
Completa
E não com fragmentos de afecto
Tenho uma fé inabalável
Que os sonhos
São algo
Que devemos concretizar
Que os sonhos
Nos dão
Uma perspectiva mais ampla da realidade
Eu Acredito em Ti
Porque fazes parte deles
Eu acredito mesmo quando me dizem
Que não vale a pena
Mais por Ti Lutar…