Essa Coisa de Estranha…
De teres Lido
Ou Ouvido
Algures
Que o Amor
É uma Espécie de Templo
Que até posso concordar Contigo
Mas de levares o poema
Ou a música
À letra
E de me queres ver ajoelhar
Para nele
Poder entrar
Eu Amo-te
Mas desta forma
Nunca poderás estar comigo…
Sim
Porque nos amamos
Com demasiadas concessões
Que desafiam
Até
As mais delirantes
Imaginações
Isso de me quereres
Mas também
De me quereres
Ver
Ou sentir
Sofrer
E tudo isso
Para te poder tocar
Discordo plenamente
Prefiro ver as tuas fotos
Onde não me poderás magoar…
Sim
Há sempre um amor
Que fica para sempre
E neste estranho jogo de sombras
Pensas
Que em mim
És Tu
Sim
Confesso que estou apaixonado
Mas desta forma
Nunca me poderás
Por muito que queiras
Ter a teu lado…
E eu caminho
Entre pessoas
Caminho entre possíveis amores
Embora só te queira a Ti
Quero os teus beijos
O que Tu És
Quero os teus pensamentos
Mas duvido
Se quero a Tua Fé…
Porque és como o vento
Que amo
És como as estrelas
Que amo
E que não posso tocar
És como toda a gente
Quando evito a vulgaridade
Quando fujo
De um lugar comum
Um lugar
Que muito provavelmente
Poderia ser o nosso
Mas tal eu não quero
Dele e de ti
Eu quero fugir
A menos que me surpreendas
Que apareças
E que tornes o que penso
Em algo real
Senão prefiro mais 1000 anos de busca
Do que saber que apareces
E desapareces logo de seguida
Prefiro uma utopia
De sonho
Que sei tornar real
Amo-te
Mas prefiro
Uma certa evanescencia
Do que me voltar a ferir…