Essa Coisa de Estranha…

De teres Lido

Ou Ouvido

Algures

Que o Amor

É uma Espécie de Templo

Que até posso concordar Contigo

Mas de levares o poema

Ou a música

À letra

E de me queres ver ajoelhar

Para nele

Poder entrar

Eu Amo-te

Mas desta forma

Nunca poderás estar comigo…

Sim

Porque nos amamos

Com demasiadas concessões

Que desafiam

Até

As mais delirantes

Imaginações

Isso de me quereres

Mas também

De me quereres

Ver

Ou sentir

Sofrer

E tudo isso

Para te poder tocar

Discordo plenamente

Prefiro ver as tuas fotos

Onde não me poderás magoar…

Sim

Há sempre um amor

Que fica para sempre

E neste estranho jogo de sombras

Pensas

Que em mim

És Tu

Sim

Confesso que estou apaixonado

Mas desta forma

Nunca me poderás

Por muito que queiras

Ter a teu lado…

E eu caminho

Entre pessoas

Caminho entre possíveis amores

Embora só te queira a Ti

Quero os teus beijos

O que Tu És

Quero os teus pensamentos

Mas duvido

Se quero a Tua Fé…

Porque és como o vento

Que amo

És como as estrelas

Que amo

E que não posso tocar

És como toda a gente

Quando evito a vulgaridade

Quando fujo

De um lugar comum

Um lugar

Que muito provavelmente

Poderia ser o nosso

Mas tal eu não quero

Dele e de ti

Eu quero fugir

A menos que me surpreendas

Que apareças

E que tornes o que penso

Em algo real

Senão prefiro mais 1000 anos de busca

Do que saber que apareces

E desapareces logo de seguida

Prefiro uma utopia

De sonho

Que sei tornar real

Amo-te

Mas prefiro

Uma certa evanescencia

Do que me voltar a ferir…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 27/09/2010
Código do texto: T2524483
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