A Prisão (completa)
I A Prisão:
“Ouça a agonia no grito do bárbaro;
Seu único lamento é o mesmo que dos pássaros excluídos,
a eterna busca do ninho.
Os ventos são frios;
e os cálices com cerveja aquecem;
mas não permanecem como meu amor por ti donzela;
o álcool aquece meu corpo;
mas congela meu coração;
como frias mãos invisíveis.
A cena sempre se repete;
Como os dias para um cego;
o homem, a taverna, a cerveja.
Tu falas de amores eternos,
Mas ainda não os compreende;
até mesmo quando vislumbra meu
coração submerso em um cálice,
aprisionado por sua efêmera beleza.”
II Ainda Prisioneiro:
“Mesmo vivendo com o constante
calor da batalha todos os dias,
meu coração está enferrujado
como uma velha espada que desliza
sobre minha carne sem me ferir.
...ainda prisioneiro...
Sou inquebrável, invencível,
embora tenha a batalha como mãe,
os fiéis amigos como irmãos e
meu escudo seja intransponível,
você parece facilmente atravessá-lo
com uma lança, que
não é afiada, mas bela.
...ainda prisioneiro...”
III Libertação:
“ Minha hora chegou,
aquele último e doce momento.
Encontro-me caído ao chão
no campo de batalha com um ferimento mortal.
Estou ao lado de meus irmãos,
estou honrado disto.
Fecho os olhos, mas um calor
me força a abri-los.
Era ela...
Loura, nua e de espada em punho.
Minha valquíria...
A cerveja não terá mais gosto de sangue,
pois agora estou livre de meus anseios.
...venha me levar aos teus braços...”