O amor

E era amor tudo o que eu dizia

Nos meus atos súbitos, nas cenas de drama

No grito que eu confessava.

E era amor tal qual amor

Que idolatra o ser que ama

Era assim que eu te amava.

Não há brechas para que o amor nasça.

Ele surge de repente no olhar e persiste

Em meio ao embalo da vida que passa

E quanto mais vai o tempo mais amor existe.

Não se finda na distância e no tempo

Nem se faz efêmero no coração e mente

Antes a saudade é o adubo que o vento

Espalha e sustenta essa nobre semente.

E era amor, tão forte e santo amor

Que prefere ferir a aproximar

Para que a vontade sele a esperança

No coração que aprendeu e só sabe amar.

E era amor tudo o que eu falava

Nas frases dos poemas que eu dizia

Nos versos das poesias que eu declamo.

Era amor tudo o que eu sentia

Por quem hoje ainda amo.

DENIS RAFAEL ALBACH
Enviado por DENIS RAFAEL ALBACH em 27/09/2010
Reeditado em 27/05/2015
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