Teus jardins
Vós que carregais nos olhos
A ferocidade dos temporais
Que alimenta a chama da vida
Colore as manhãs primaverais...
Vós trazeis nos dóceis braços
Alentos que acalmam os ventos
Trazeis no sorriso a mansidão
Dos estrelados firmamentos...
Em vossa bela forma corpórea
Traduz os encantos do éden
Trazeis a chama do amor eterno
Espelhando saboroso pólen...
Deusa que habita o olimpo
Que passeia altiva pelas ruas
E me dá a sensação de ser divino,
Trazeis na pele as faces luas
Que lhe dão um tom inebriante
Vós que vens com fina beleza
Transcendendo pelo horizonte
Os finos primores da tua realeza...
Teus jardins são um convite
Instigando-me a beber da tua fonte
O cálice ardente do amor carnal
Aspergido por toda sua fronte...