Cachoeira Rubra

Meu sangue jorra numa cachoeira rubra...

Os ventos acariciam meu rosto plácido

E o frio engilha minha pele salpicada de púrpura...

Minha imagem distorcida no vermelho das águas

Parece um vulto sombrio e aterrador

Cujos sentidos aparecem estagnados pela dor!

Meu corpo adormece entre cascalhos

E bóia sanguinolento na correnteza,

No espelho em que havia amiúde beleza

Só resta um farrapo inerte sobraçando atalhos...

Já não sou vulto nem sombra,

Já nem sei mais o que sou...

Talvez um espantalho sem cor

Levado pela torrente que aqui e ali tomba

Desenganado do mundo por falta de amor!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/09/2010
Código do texto: T2522154
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