Fugir, Meu Amor, mas Fugir de quê…?
As palavras são ditas
São escritas
Muitas vezes
Pela cobardia inocente
De as materializar
Num amor
Adiado
Evitado
Que
Pela nossa tranquilidade afectiva
De uma mera hipótese conjuntural
Tem mesmo
Que se materializar…
E por isso
Devemos à nossa coragem
À nossa forma de ser
E de permanecer
O parar de fugir
E de a realidade encarar
Porque a fuga
Sempre foi uma panaceia
Um placebo
Nunca foi solução
Para que a paz nos toque
Sem máscaras
Sem recorrermos a outras pessoas
Quando o amor que temos
Começa a falhar
Porque muito provavelmente
As pessoas que procuramos
Quando a ferida é profunda
São as pessoas
Ou a pessoa
Com a qual
Devemos
De uma forma genuína
E perene
Estar…
E afinal fugimos de quê, para quê…?