Fugir, Meu Amor, mas Fugir de quê…?

As palavras são ditas

São escritas

Muitas vezes

Pela cobardia inocente

De as materializar

Num amor

Adiado

Evitado

Que

Pela nossa tranquilidade afectiva

De uma mera hipótese conjuntural

Tem mesmo

Que se materializar…

E por isso

Devemos à nossa coragem

À nossa forma de ser

E de permanecer

O parar de fugir

E de a realidade encarar

Porque a fuga

Sempre foi uma panaceia

Um placebo

Nunca foi solução

Para que a paz nos toque

Sem máscaras

Sem recorrermos a outras pessoas

Quando o amor que temos

Começa a falhar

Porque muito provavelmente

As pessoas que procuramos

Quando a ferida é profunda

São as pessoas

Ou a pessoa

Com a qual

Devemos

De uma forma genuína

E perene

Estar…

E afinal fugimos de quê, para quê…?

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/09/2010
Código do texto: T2519812
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.