Invasão
Sou a chuva que beija seu rosto
Misturando às lágrimas desgarradas
Massageando a face límpida
Pétalas aveludadas da sua pele
Seu vulto surge no silêncio
Tente dizer-me de repente
Convidando com os lábios
A provar o sabor do seu beijo
Desafiando a força do meu desejo
Brisa mansa murmurando
Num toque suave destinado
Arrepiando seus sentidos
Olhar sedento apaixonado
Deixe esse vento invadir
Por não ser capaz
De afastar, as mãos entrelaçam
Sentindo seus encantos
Dissipando os pensamentos
Contrários ao momento
Invadindo e despertando emoções
Trêmulas batidas dos corações
Tente dizer ti amo
Com a boca ocupada
Com outra boca colada
Corpos se procuram, se abraçam
Sussurrando insista...
Ao pé do ouvido
E depois resista...
Eu duvido...
Márcio de Oliveira
24/09/2010