Brumas no horizonte

Pensara que seriam eternos amantes, mesmo que distantes.

Uma brisa suave de felicidade invadiu-a como que por encanto o vazio de seus dias

e um êxtase correu pelo seu corpo e sua alma.

A paz inundou seu coração por serenos momentos.

Inebriada pela luz dos olhos do amado, entregou-se aos seus abraços e ao seu corpo ardente.

Transportou-se para além da razão e sentiu-se plena.

De repente..num lapso de realidade, viu-se sozinha no caminho que seu coração desenhou.

Procurou entres seus sentimentos o amado,mas ele não estava lá, nunca esteve!

Descobriu-se só...sem rumo, sem defesa, sem escudos.

Perdeu-se no labirinto da paixão e a paz já não habitava mais seu coração.

Incrédula, seguiu o caminho do vento, talvez este soubesse onde estava a razão perdida.

Folhas secas cobriam sua estrada...brumas cegavam o horizonte...

e um ar árido tocava sua face...pensou ser o beijo do amado que agora já era distante

A alma lhe doía, mas era preciso voltar, pois a vida lhe exigia

A passos lentos, procurou o brilho das estrela que outrora admirava

procurou no sol o calor que um dia sentira junto ao corpo daquele que amava

O vento passou.

O pranto refugiou-se em seus olhos e seu mundo escureceu.

Acordara...Foi apenas um sonho???Não!!...

Pois seu horizonte ainda procurava.