Colibri

Assolas minha mente, Rainha, paixão poderosa;

Com o dorso marcado, sangrando, escravo de tua ciranda;

Entrego meu corpo ferido pelo espinho da rosa.

Procuro no fundo da taça o gosto mais puro da flor.

Abro ansioso as pétalas a buscar teu segredo, formosa;

Sorvo nos lábios sedentos teu sumo, flor caprichosa.

Faminto de Ti me alimento devorando tua força vital;

Pássaro Homem sedento me entrego ao prazer animal.

Sugo intensamente o orvalho ofertado em abundância.

Se perde em mil gozos sonoros, recosta em meu peito e descansa