NOVELOS POÉTICOS
NOVELOS POÉTICOS
A linha não mergulha na agulha
O poema não se constrói em cinco segundos
A linha desprende-se do novelo
toda enrolada, toda confusa,
nós e nós e mais nós
Enfim, a poesia flui
encantadora
Cai, cai,
Cai, cai
da minha mão
o novelo de linha
marcado por poesia
a agulha vira cravo
e a linha vira rosa
entre brigas e traições
amores e desamores
entre vivos e mortos
a linha do tempo
manda e desmanda
como quem vai e volta
como quem se perde e desaparece
mas, o novelo de linha está nas minhas mãos
por um segundo
detenho o tempo imaginário em minhas mãos
novelos poéticos
guardados no peito
guardados na alma
guardados no coração.
Andréa Ermelin
24 de Setembro de 2010
Salvador-Bahia/Brasil
Sexta-feira