Um Lugar Comum…

Onde eu devo estar

Não deves estar Tu

Senão podemos originar

Algo que quisemos evitar

Um Lugar Comum…

Porque a coisa que eu mais temo

É a vulgaridade

Pessoas iguais

Tão iguais

Que não se conseguem distinguir

Por muito belas que sejam

Só me atraem até ver o seu rosto na luz

De uma certa subjectividade

A que chamei, não sei se erradamente, Interioridade…

Gosto de pessoas diferentes

Que tenham algo de incomum

Pois para mim

Essas são as pessoas mais belas

Que existem

Não me interessando que sejam feias

Isso nunca realmente me interessou

Porque o culto dos espelhos

É algo que francamente nada me diz

Eu tal

Nunca realmente quis…

E assim

Voltando

À nossa velha questão

Eu amo-te

Perdido na minha contradição

Afogado algures

No meu coração

Que não me deixa ver

E muito menos pensar

Sim, com toda a minha franqueza

E fraqueza

E apesar

Da tua imensa beleza

Até que algo

Me mostre que estou enganado

Sinto que és docemente vulgar

O suficiente

Para de Ti

Me querer afastar

Sinto que nós os Dois

Nunca poderemos ser Um

Porque a história se ameaça repetir

Querendo eu fugir do que mais me assusta:

Um Lugar Comum…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 23/09/2010
Código do texto: T2516509
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.