Um Lugar Comum…
Onde eu devo estar
Não deves estar Tu
Senão podemos originar
Algo que quisemos evitar
Um Lugar Comum…
Porque a coisa que eu mais temo
É a vulgaridade
Pessoas iguais
Tão iguais
Que não se conseguem distinguir
Por muito belas que sejam
Só me atraem até ver o seu rosto na luz
De uma certa subjectividade
A que chamei, não sei se erradamente, Interioridade…
Gosto de pessoas diferentes
Que tenham algo de incomum
Pois para mim
Essas são as pessoas mais belas
Que existem
Não me interessando que sejam feias
Isso nunca realmente me interessou
Porque o culto dos espelhos
É algo que francamente nada me diz
Eu tal
Nunca realmente quis…
E assim
Voltando
À nossa velha questão
Eu amo-te
Perdido na minha contradição
Afogado algures
No meu coração
Que não me deixa ver
E muito menos pensar
Sim, com toda a minha franqueza
E fraqueza
E apesar
Da tua imensa beleza
Até que algo
Me mostre que estou enganado
Sinto que és docemente vulgar
O suficiente
Para de Ti
Me querer afastar
Sinto que nós os Dois
Nunca poderemos ser Um
Porque a história se ameaça repetir
Querendo eu fugir do que mais me assusta:
Um Lugar Comum…