Perene

De dentro das ruínas do que sobrou de mim, cegamente eu via o que não era possível enxergar...

Longamente infinita a Vida, me atraía e o mar, das espumas que me afogam, ressurgia.

Quente inverno das minhas almas, docemente salgadas pelo sol das auroras intérminas.

Sempre no céu as estrelas da Terra, no céu finito da interminável primavera que não me deixa.

Queixas...

Raras mortais não me faziam, precisava daquela que minha calma desfaria.

Cabelos e cheiros, notas suaves de um encontro ao léu, no léu a que os destinos nos lançam.

Quero teus cabelos e cheiros, quanto da vida a quero toda.

Serena e tempestuosa

Tanto quanto te quero perene

Deitado em teus beijos Silene.

10/7/05

Felipe Teixeira
Enviado por Felipe Teixeira em 23/09/2010
Código do texto: T2516183
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