Perene
De dentro das ruínas do que sobrou de mim, cegamente eu via o que não era possível enxergar...
Longamente infinita a Vida, me atraía e o mar, das espumas que me afogam, ressurgia.
Quente inverno das minhas almas, docemente salgadas pelo sol das auroras intérminas.
Sempre no céu as estrelas da Terra, no céu finito da interminável primavera que não me deixa.
Queixas...
Raras mortais não me faziam, precisava daquela que minha calma desfaria.
Cabelos e cheiros, notas suaves de um encontro ao léu, no léu a que os destinos nos lançam.
Quero teus cabelos e cheiros, quanto da vida a quero toda.
Serena e tempestuosa
Tanto quanto te quero perene
Deitado em teus beijos Silene.
10/7/05