Amor

Não vivamos senão pelo que mais há de valer a pena viver, e adoçar nossos vãos da completude que faremos crescer de nós,

sem desvãos que nos levem às perdas que qualquer um pode ter.

A diferença é não perder a integridade que nos há de fincar

na Vida o que é raro, incomum, desatrelado do fácil que a todos serve, mas que somente aos ébrios do Amor emoldura de Verdade as bases da Fé um no outro. Isso não tem preços.

Não que te convidar, ou esperar que me convides...

Os convites já foram feitos quando fomos criados.

Não, não temas. Do temor guardo somente o tremor que me é de estar aos teus braços, do fremir que me é debruçar tarde da noite, sobre o travesseiro,

e olhar como respiras, e me indagar do mundo em que te revolves

no sono de cujo mapa anseio pelo trajeto...

Não, não há mais movediças areias,

não mais armadilhas com as quais compactuávamos

pelo prazer de estarmos inclusos, partícipes

desse circo de monstruosidades, onde fomos intérpretes,

ator e atriz, ao prazer dos que pagavam para ver.

Não !

Não sim ! Te perfeita faço porque nunca te quero o sofrer,

Sofrer, que prefiro pra mim, a rolar uma lágrima de teus olhos, do coração que Amo, com o Amor do náufrago resgatado que te sou,

sereno pelo mesmo motivo de um pássaro, que pousou

no Céu sem nuvens que sempre quis encontrar.

Felipe Teixeira
Enviado por Felipe Teixeira em 23/09/2010
Código do texto: T2516178
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