Dar...
E o espelho olha para nós
Quebrando-se uma lágrima
Que se reflecte num bocado de vidro
Solto do tal espelho
Um todo
De uma parte
De um tempo perdido
Um tempo
Em que te tinha comigo…
Onde te costumava Dar
Sem nada
Mesmo nada
De Ti esperar
Foi um tempo de pioneirismo
Onde aprendi a erguer
A minha forma de amar…
E era como dar mergulhos na noite
Sem saber bem como o fazer
Tendo vontade para tal
E especialmente
Quando juntos
Víamos o dia a nascer…
Mergulhando no dia
Sendo a maior meta
O nosso maior desafio
De os dias
Serem um mero prolongamento das noites
Tempos onde julgámos ser visionários
Olhando por cima do muro
De um certo futuro
De um certo tipo de destino
Vendo-nos juntos em todo e qualquer cenário
E foi nessa altura
Que comprei o tal espelho
Foi numa altura
Em que era possível
E obrigatório Acreditar
Até dar comigo esgotado
Por pouco receber
E talvez demasiado
Dar…