Mentiras

Mentiras

Do pó da areia em minhas mãos

Assopro leve pra ver voar

Figuras se formam e se mesclam

Dois seres na vida se lançam

Da vida, convivência se cria

Eterno suportar-se

Complicam-se ao olhar

Agora unidos abraçam-se

Lágrimas da poeira

E agora o que parecem mostrar?

Era amor?

Era paixão?

União?

O que mais?

Era mentira

Era uma plena mentira

Fugir da solidão para em base

Esconder-se atrás de outro alguém

Foram se usar de escudo

Foi disfarçar tudo de alegria

Mascarar a vida de sorriso

Dizer que toda a palavra é poesia

Mas se não é?

Não era o que queria

Era amor e era sincero

Mas acabou

Era mentira

Os seres de areia

Tão frágeis

Sob as bases de mentiras

Juntos e

Separados

Afundaram-se

Alexandre Bernardo
Enviado por Alexandre Bernardo em 23/09/2010
Código do texto: T2515483