O sol ocaso
Quando a tarde cai admiro ao longe o sol ocaso
Atrás da montanha lá no sem fim do mundo
Devaneio-me de olhos abertos, sinto-me imaculado,
Aumentando neste peito meu o amor mais profundo.
O fulgor delicado, que aos poucos desaparece,
Clareia no meu ser o fogo ardente da paixão,
E no espaço a mim reservado imaginando fico
Seu brilho de súbito se ocultando na imensidão.
À noite logo se vai e suave vem o alvorecer
Qual uma chama de amor animando corações
Na madrugada calma, bruna e cheia de viver!
Oh... Resumido momento tenha pena deste poeta
Por que açoita este coração sem castigo merecer,
Deixando nessa escuridão minha alma inquieta a sofrer!