Moinho do tempo
Um dia de agosto... Beira do cais...
Onde a água é calma
E o vento é leve.
A luz se filtra na minha na saudade
E a tarde cai...
O vento amarra no ancoradouro
A vela dispersa dos sonhos....
O tempo avançou!
Ninguém pode detê-lo...
Nem tu, meu grande amor perdido
Há de fazê-lo voltar
Ao nosso tempo
Quando nossos corações
Batiam em sintonia...
O tempo, como um terrível moinho
Mói tudo à sua volta.
Moeu a vida deixando apenas pó
No caminho dos nossos passos.
Caminho que a saudade insiste
Em percorrer...
E como o apito de um navio
Que ecoa por todo o cais
Essa lágrima que dança
Nos meus olhos como um grito
É o medo de não te ver nunca mais...
Marsoalex