Moinho do tempo

Um dia de agosto... Beira do cais...

Onde a água é calma

E o vento é leve.

A luz se filtra na minha na saudade

E a tarde cai...

O vento amarra no ancoradouro

A vela dispersa dos sonhos....

O tempo avançou!

Ninguém pode detê-lo...

Nem tu, meu grande amor perdido

Há de fazê-lo voltar

Ao nosso tempo

Quando nossos corações

Batiam em sintonia...

O tempo, como um terrível moinho

Mói tudo à sua volta.

Moeu a vida deixando apenas pó

No caminho dos nossos passos.

Caminho que a saudade insiste

Em percorrer...

E como o apito de um navio

Que ecoa por todo o cais

Essa lágrima que dança

Nos meus olhos como um grito

É o medo de não te ver nunca mais...

Marsoalex

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 20/09/2010
Reeditado em 20/12/2010
Código do texto: T2510281