O TEMPO TE ESQUECEU
Contrariando as leis da mutabilidade o tempo simplesmente te esqueceu
E nada removeu do encanto infindo que sempre tiveste
A jovialidade ainda te reveste e o sintoma da estrada nunca apareceu
Na guerra contra os anos o teu viço venceu e nada para tal fizeste!
É como se a roda do destino te escolhesse para um rumo inverso
E em ti deixasse impresso todo verdor de um meigo broto primaveril
Contemplo esse sorriso juvenil iluminando meu embasbacado verso
Que reverencia um fato tão controverso, que nem o mito já olhou ou viu!
Esse teu corpo sinuoso e que alavanca meus impulsos escravizados
A cada dia parecem renovados e rejuvenescidos como que por mistério
É a estampa de um império que traz os tempos idos subjugados
Irreverentes sorrisos debochados, matando de alegria um ciclo sério!
Quanta alegria sente um homem como eu perante essa menina tão mulher
Que me ama e me quer, que me domina com sua graça e vigor
O tempo não lhe alcançará onde ela for e haverá uma primavera onde ela estiver
Ele te esqueceu e segue em ré, mas eu não te esqueço e nem o meu amor!
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