Cultivo um poema para ti
Quisera fazer-te um poema.
Hoje não!
Amanhã, talvez.
Quando as tuas mãos se estreitarem nas minhas
e eu te sentir
de perto
o suspiro mais profundo.
Quando não tiveres mais que escrever-me cartas.
Fá-lo-ei depois de termos passeado
nos nossos sonhos
e tomado juntos a brisa fresca do portal.
Ah, como será?
Natural e puro.
Com poucas palavras.
Terá o prazer do amor
que iluminará o teu rosto
e o suor
e o calor
dos nossos corpos.
Talvez seja rapaz.
E se chame Pablo.
Espera um pouco.
Até amanhã...