Cultivo um poema para ti

Quisera fazer-te um poema.

Hoje não!

Amanhã, talvez.

Quando as tuas mãos se estreitarem nas minhas

e eu te sentir

de perto

o suspiro mais profundo.

Quando não tiveres mais que escrever-me cartas.

Fá-lo-ei depois de termos passeado

nos nossos sonhos

e tomado juntos a brisa fresca do portal.

Ah, como será?

Natural e puro.

Com poucas palavras.

Terá o prazer do amor

que iluminará o teu rosto

e o suor

e o calor

dos nossos corpos.

Talvez seja rapaz.

E se chame Pablo.

Espera um pouco.

Até amanhã...

Jacinto Estrela
Enviado por Jacinto Estrela em 20/09/2010
Código do texto: T2509700
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