O QUE SE PASSOU...
Eu fui aquele que acreditou nas
artimanhas arquitetadas e ardilosamente
apresentadas nas diversas situações
de uma vida em comum.
O peso do resultado do
que vivi fez por uma questão lógica
sentir-me um artista em espetáculo
circense, daqueles bem espampanantes.
E o que torna o assunto mais discrepante,
foi que eu acreditei nas dissimulações, só depois,
foi que acabei por enxergar os refolhos
com os próprios olhos nus.
Como resultado de um bem maior não
guardo qualquer tipo de aversão mas lamento sim,
que ainda existam pessoas que não conseguem
sentir a verdadeira beleza da vida quando reina o amor.
Mas o que fazer, se o que se passou não
pode ser corrigido se não carpir magoados
males ainda residentes no coração
de quem se entregou?