DA LONGA ESPERA
Cessam-se as lágrimas.
o que foi devaneios – despem-se,
e nos olhos da moça um punhado de desejo
Um beijo.
E a boca insaciada – sacia-se.
Da longa espera
Dá-se para ver o esôfago do livro, a fresta da janela.
O telefone que se moldura – o rastro da velha cidade
A roupa fina no armário desdobra-se em claridade.
Da longa espera
Dá-se para ver o vestir da casa – a planta –
O pássaro, o santuário, o viaduto.
Uma varanda nua
O violão que era mudo.
Cessam-se as lágrimas.
o que foi devaneios – despem-se,
e nos olhos da moça um punhado de desejo
Um beijo.
E a boca insaciada – sacia-se.
Da longa espera
Dá-se para ver o esôfago do livro, a fresta da janela.
O telefone que se moldura – o rastro da velha cidade
A roupa fina no armário desdobra-se em claridade.
Da longa espera
Dá-se para ver o vestir da casa – a planta –
O pássaro, o santuário, o viaduto.
Uma varanda nua
O violão que era mudo.