Cognac

Derrama-se dourado como o visco das ideias

sobre a tela branca, taça fria de gelo.

Na espera por palavras tão vagar

o suor se forma além o vidro

e o perfume guarda o prazer do vício.

Fumaça também torpe o ambiente de cinza

de música que se repete e repete,

e repete buscar na memória a cada

desfrute dessa liquefeita inpiração

algo que se pertine desindizer.

Se desembuscar de lembranças.

A vigília se mistura a um sonho,

e o que vêm é mais que estado,

mais que embriaguês de contato,

é mistura lembrante a desacontecimentos,

mundos possíveis e atos,

dois ontens que são iguais.

Que são irreais.

Leo de Laures
Enviado por Leo de Laures em 19/09/2010
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