Menestrel Sóbrio
Empós uma noite ingrata
O dia – boca gosto de fel
Curo minha ressaca
Nos braços de Cachos de Mel
Empunho seu corpo despido
Beijos – mordidas e carícias
Decorro a língua em seu umbigo
Numa viração de malícias
Tremulo - frescor e insensatez
Degredado minh’alma do corpo meu.
Olhares – toques - arrepios na tez
Meu corpo sobre o corpo seu
Ah! Quão doce gemido
Sorrisos – boca – língua e transpiração
Proêmio - Tu sussurras em meu ouvido
Sua mais perfeita canção.
Lânguida – deitada ao meu lado
Explicita satisfação – pudor
Tocando-te - Eu alentado
Querendo repetir o amor.
Ofegante - teu olhar preciso
Ocaso previsto num ritual
Sorrindo juntos no mesmo riso
De um tal de Portugal
Ah! Que tive o crepúsculo perfeito
Seguindo perfeito o alvorecer
À noite dormias em meu peito
Ao dia seu sorriso para eu ver...