Segredos
Tirei meu batom,
em frente ao espelho.
os mesmos olhos tristes.
A mesa enfadonha rotina
na minha retina
a lembrança infame
das feridas.
O meu corpo nu, marcado
marcas registrada dessa dor
de buscar-te em outros corpos
no açoite de outros desejos
e nada vejo,
além da distância enorme
que afastam nossas realidades
e nossos sonhos tolos
e viver sempre como se assim fosse...
um despertar tardio dos meus medos.
Que me assusta e me faz
guardar segredos, em cofres de chumbo
bem no fundo do meu peito...
Junto com os beijos todos
e os afagos soltos por todo o meu dorso,
agora fatigado de tanto esquecer-me!