Pensas que me agrada? (com “a” de propósito minúsculo…)
Que deixe de gostar
E olhar
As estrelas
Como o fiz durante anos
Sem pensar em ti
Não tenho prazer em tal
Mas uma poderosa irrisão
De afectos
Passou a tomar conta
De mim…
Porque é sempre triste
Ver e sentir
Um amor
A morrer
É das tais batalhas
Que eu não tenho gosto nenhum
Nenhum
Nenhum
Em vencer…
Preferia
Que tal
Não estivesse a acontecer
Preferia
Não te olhar
Com outros olhos
Com os quais
Te estou
Neste momento a ver…
E eu abraço
Novos projectos
Novas vidas
Sentindo a tua falta
Mas nada posso fazer
Pois insististe
Em fechar uma porta
Que eu deixei apenas encostada
Entendendo mal
O meu ser
Mais uma infeliz prova
De que nunca
Me chegaste
Realmente
A Entender…
Gostava
De gostar para ti
Para sempre
Que esse fosse o meu futuro
O meu presente
Que não tivesse mais ninguém
Na minha vida
A não seres tu
Não fui feito
Nem talhado
Para demasiadas companhias
Não quero tal
Porque acredito
Que numa
E só numa
Haja a tal magia
Que dure para sempre
Para toda a eternidade
Eras de facto tu
Mas de certa forma
Não deixaste
Que tal
Ficasse
Ou fique ainda
Para a nossa
Posteridade…