Pensas que me agrada? (com “a” de propósito minúsculo…)

Que deixe de gostar

E olhar

As estrelas

Como o fiz durante anos

Sem pensar em ti

Não tenho prazer em tal

Mas uma poderosa irrisão

De afectos

Passou a tomar conta

De mim…

Porque é sempre triste

Ver e sentir

Um amor

A morrer

É das tais batalhas

Que eu não tenho gosto nenhum

Nenhum

Nenhum

Em vencer…

Preferia

Que tal

Não estivesse a acontecer

Preferia

Não te olhar

Com outros olhos

Com os quais

Te estou

Neste momento a ver…

E eu abraço

Novos projectos

Novas vidas

Sentindo a tua falta

Mas nada posso fazer

Pois insististe

Em fechar uma porta

Que eu deixei apenas encostada

Entendendo mal

O meu ser

Mais uma infeliz prova

De que nunca

Me chegaste

Realmente

A Entender…

Gostava

De gostar para ti

Para sempre

Que esse fosse o meu futuro

O meu presente

Que não tivesse mais ninguém

Na minha vida

A não seres tu

Não fui feito

Nem talhado

Para demasiadas companhias

Não quero tal

Porque acredito

Que numa

E só numa

Haja a tal magia

Que dure para sempre

Para toda a eternidade

Eras de facto tu

Mas de certa forma

Não deixaste

Que tal

Ficasse

Ou fique ainda

Para a nossa

Posteridade…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 17/09/2010
Código do texto: T2504697
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