“Delírios”
Se eu disser que amo, acredite,
Se eu disser que estou triste, é
Verdade me abrace! A alma de
Um poeta não sangra feita a carne,
Mas murcha feita a folha da arvore
Sem chuva! Ou grama sem orvalho.
Se eu disser que estou seco, dê-me
Água a beber, se eu disser que estou
Morto, acalenta a minha alma, esta
Tem sede dos teus lábios úmidos!
Se não for pedir muito, dê-me um
Sorriso, um abraço apertado, não
Vive um ser que não tem regado
Seu coração com a seiva do afeto,
Nem pode morrer o amante sem
Provar do amor que almejas da amada.