“Delírios”

Se eu disser que amo, acredite,

Se eu disser que estou triste, é

Verdade me abrace! A alma de

Um poeta não sangra feita a carne,

Mas murcha feita a folha da arvore

Sem chuva! Ou grama sem orvalho.

Se eu disser que estou seco, dê-me

Água a beber, se eu disser que estou

Morto, acalenta a minha alma, esta

Tem sede dos teus lábios úmidos!

Se não for pedir muito, dê-me um

Sorriso, um abraço apertado, não

Vive um ser que não tem regado

Seu coração com a seiva do afeto,

Nem pode morrer o amante sem

Provar do amor que almejas da amada.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 17/09/2010
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