Inebriante poesia
Águida Hettwer

Tua luz penetrou no escuro da alma,
Transcende energia viva,
Bebo do cálice da poesia, envenenado espalma,
Nutrindo cada gotícula, com a seiva do amor, á deriva.

Bálsamo derramado sobre a fronte,
Rasga o peito em saudades, extasia,
Eflúvio que perfuma as águas cristalinas, ao horizonte desponte,
Na encosta de uma montanha, mergulho nessa fonte em demasia.

Melindrosas mãos tateiam, desvendando fendas,
Na oficina do imaginário, traduzem fantasias,
Espaço que reserva o peito, reescrevendo lendas,
Desabrochando em pétalas de rosas, estupendas.

O amor sublime sentimento que faz a poesia ressaltar,
Rendem-se as emoções, no perfume inebriante da flor,
No sussurrar do vento, cânticos de mil vozes a exaltar,
Onde a magia do amor, sobrepor.


26.09.2006