E A LUA CHOROU

Percebi que lágrimas escorriam,

se condensando nas nuvens,

e depois em prantos de dor,

despencavam em tormentas,

como se houvessem as razões.

Perguntei porque tantas agruras,

eu que à conheci pelas saudades,

pois muitas vezes olhei-a sereno,

junto com meu amor que perdi,

e tínhamos sómente emoções.

Disse-me com voz embargada,

hoje ninguém me contempla,

nem me olham com suas ternuras,

mesmo que estejam enamorados,

pois sou decadente para quem ama.

Os atrativos não estão nas alturas,

o céu deixou de ter suas belezas,

mesmo as estrelas que antes piscavam,

hoje estão tristes e também choram,

por não exercerem mais seus fascínios.

Choro e as lágrimas quase me sufocam,

tão abundantes brotam quando acordo,

e mesmo que apresente todas as belezas,

enluarada e iluminando todos os espaços,

opaca me torno para corações insensíveis.

Desculpas pedi por ver suas tristezas,

e disse que ainda existem os enamorados,

que sutilmente mesmo que por segundos,

contemplam e admiram seus fascínios,

e as estrelas que brilham tem seguidores.

15-09-2010