LETRA ESCARLATE
Como é possível que não o reconheçam quando vez ou outra aparece, mesmo sendo pra dizer que não tens tempo?
Custa-me crer como não o veem refletido em meus olhos, que se iluminam na escuridão a qualquer menção de sua chegada... de um telefone que não toca, de uma e-mail que não chega...
Seria tão fácil discernir meus lábios sorrindo o sorriso que não dei pra ninguém, você refletido em mim. Castigo:
Ousei fugir aos padrões da inquisição, trarei comigo a LETRA ESCARLATE de pecadora bordada no peito.
Tolos os outros que nos rodeiam e que não perceberam o abraço caloroso, doloroso da saudade que estreitei em seus braços. Diante de uma multidão, como pode ser destaque? Como condenação, recebi o pior exílio, o exílio dentro de mim.
Indícios de culpa, mãos suadas, lábios mordiscados, toque das mãos suadas, batimento disparado. Então o silêncio dentre tantas palavras que não ousaram ser faladas... Ninguém percebeu o perfume exalado, a tristeza chegando substituindo sua presença. Eu recolhendo os cacos estilhaçados pelo dúbio caminho... Havia bem bem poucos vestígios nos escombros, encobertos pelo anonimato, segredo em cumplicidade.
E fomos tão discretos, que nem mesmo eu acredito que fomos um par, flor em tecido estampado, agora com a letra R desbotada.
Como é possível que não o reconheçam quando vez ou outra aparece, mesmo sendo pra dizer que não tens tempo?
Custa-me crer como não o veem refletido em meus olhos, que se iluminam na escuridão a qualquer menção de sua chegada... de um telefone que não toca, de uma e-mail que não chega...
Seria tão fácil discernir meus lábios sorrindo o sorriso que não dei pra ninguém, você refletido em mim. Castigo:
Ousei fugir aos padrões da inquisição, trarei comigo a LETRA ESCARLATE de pecadora bordada no peito.
Tolos os outros que nos rodeiam e que não perceberam o abraço caloroso, doloroso da saudade que estreitei em seus braços. Diante de uma multidão, como pode ser destaque? Como condenação, recebi o pior exílio, o exílio dentro de mim.
Indícios de culpa, mãos suadas, lábios mordiscados, toque das mãos suadas, batimento disparado. Então o silêncio dentre tantas palavras que não ousaram ser faladas... Ninguém percebeu o perfume exalado, a tristeza chegando substituindo sua presença. Eu recolhendo os cacos estilhaçados pelo dúbio caminho... Havia bem bem poucos vestígios nos escombros, encobertos pelo anonimato, segredo em cumplicidade.
E fomos tão discretos, que nem mesmo eu acredito que fomos um par, flor em tecido estampado, agora com a letra R desbotada.